sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dar voz aos Jovens

 A candidata do PSD-Açores às próximas eleições regionais veio na Cimeira da Juventude, organizada pelo seu partido, falar num "contrato com a juventude", com uma série de cláusulas debitadas em voz alta, com palavras bonitas, floreando o discurso. Mas e a sua aplicação na prática? Deixemo-nos de teorias, passemos à prática.
A Juventude Socialista, no âmbito da iniciativa Geração Ativa - Geração de Ideias, organizou fóruns sobre temas de interesse da juventude açoriana, em todas as ilhas. Foram realizadas 16 sessões de debate em todas as ilhas, com a participação e contributo de centenas de jovens socialistas e independentes e que culminou com a Convenção Geração Ativa - Geração de Ideias, onde foi construído um Projeto Político para a Juventude Açoriana, a ser tido em conta no programa eleitoral do Partido Socialista.
E quando dizemos todas as ilhas, queremos mesmo dizer todas, de Santa Maria ao Corvo, não deixando ninguém de fora, ao contrário de outros, que anunciam levar à Cimeira da Juventude, jovens de todas as ilhas, mas afinal pudemos constatar que nenhum representante da ilha do Corvo constava da lista de oradores.
Na ilha do Faial foram debatidos os temas "O Mar como fonte de riqueza" e "Turismo-Pilar de Desenvolvimento", tendo sido convidados como oradores, jovens empreendedores da nossa ilha a fim de exporem as suas ideias, de explicarem o que está mal, o que está bem, o que mudariam, enfim, de mostrarem a sua perspetiva.
Todos os jovens açorianos têm o direito a ser ouvidos, a expressar a sua opinião e a ver os assuntos que os preocupam serem tratados e levados em linha de conta. A traduzirem-se em soluções concretas. A JS está no terreno, está com os jovens, nas suas próprias ilhas, ao contrário de outros, que levam apenas um representante de algumas ilhas a S. Miguel, talvez por ser mais cómodo.
Relembro alguns exemplos de medidas concretas com impacto no dia-a-dia dos jovens açorianos:
No decorrer desta legislatura, e por iniciativa dos deputados da JS, foi reformulado e aperfeiçoado o programa Empreende Jovem. Foram aprovados o programa de acesso à habitação e promoção do arrendamento "Famílias com Futuro" e o regime de concessão de bolsas para apoio aos estudos pós-secundários.
Não posso também deixar de fazer menção aos programas Estagiar, L, T e U, programas de transição para a vida ativa, cujos índices de empregabilidade são bastante elevados. A taxa de contratação de estagiários nas empresas ronda os 52% imediatamente no dia a seguir ao fim do período do estágio, e de 70%, seis meses após o fim do programa de estágio.
O PS-Açores aposta na sua juventude. Tem cabeças de lista às próximas eleições regionais por diversas ilhas que são jovens, tem 6 deputados eleitos pela Juventude Socialista no seu Grupo Parlamentar, nomeadamente das ilhas do Faial, S. Jorge, Graciosa, Corvo, Terceira e S. Miguel, sendo até o seu líder parlamentar, o líder da Juventude Socialista. Ao contrário, outros têm apenas um deputado da sua juventude partidária e vêm agora falar de um contrato com a Juventude? Os açorianos sabem bem quem aposta e acredita na juventude dos Açores.
O projeto do Partido Socialista e de Vasco Cordeiro, representa uma nova geração de política e de políticos para os Açores, com a energia, a ambição e a renovação necessárias para encarar com confiança os desafios do futuro. Estamos perante um projeto novo, e não um projeto de passado, sem chama, constituído por pessoas que já tinham responsabilidades governativas nos governos em que o Dr. Mota Amaral era Presidente do Governo Regional dos Açores.
A Cimeira da Juventude do PSD, que contou com a presença de poucas dezenas de jovens, deveria ter constituído uma oportunidade para os dirigentes do PSD e da JSD explicarem os efeitos que a austeridade imposta pelo Governo da República, do ir para além da Troika, tem tido sobre os jovens portugueses e açorianos. Pioraram as perspetivas de emprego e as desigualdades socias, chegando-se ao cúmulo de dizer aos jovens que a solução é emigrar.
Tendo em atenção o que está a acontecer na República, de mais austeridade, precariedade e injustiça social, qualquer projeto político liderado pelo PSD não augura nada de bom para o futuro das novas gerações de açorianas e açorianos.
Horta, 23 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Um Novo Ciclo para Vencer Novos Desafios


Realizou-se na semana passada a Convenção “Um Novo Ciclo para Vencer Novos Desafios”. Foi o culminar de um projeto iniciado em maio de 2011, por iniciativa do PS-Açores, durante o qual foram debatidos os mais diversos temas de interesse para a nossa sociedade. Nas diversas ilhas, centenas de açorianos juntaram-se a esta iniciativa, colaborando com as suas ideias e propostas em temas como, o potencial do mar, pescas, agricultura, educação, saúde, empreendedorismo, inclusão social, turismo ou os custos da insularidade. Os contributos recolhidos foram então compilados num documento entregue ao candidato do PS às próximas eleições regionais, Vasco Cordeiro, a fim de serem utilizados no programa eleitoral. Assim se demonstra que o PS valoriza a opinião da sociedade civil, que é um partido virado para fora, e não trabalha desligado das reais problemáticas que afetam os açorianos. Enquanto uns se reúnem para ouvir os militantes, outros dão a voz à sociedade civil, enquanto uns dão o palco a Pedro Passos Coelho, outros dão o palco para os açorianos falarem, enquanto uns reúnem para fazer uma dança de cadeiras, outros reúnem-se para discutir o que efetivamente se passa nos Açores.
É um fato que a sociedade mudou, os desafios que hoje se nos apresentam são mais difíceis e sérios do que num passado recente. Por isso o PS-Açores apresenta-se às próximas eleições regionais com uma confiança renovada. A renovação está bem patente nos cabeças de lista das 9 ilhas, dos quais 7 são novidades em relação às últimas eleições. Estamos perante um novo ciclo, perante uma equipa renovada, mas conhecedora da realidade da Região. Não podemos voltar atrás, aos protagonistas do passado, ao modo de fazer política do antes de 1996. Precisamos de uma nova geração, de uma nova ambição, de um novo modo de estar na política.
Em comparação com o resto do País, a nossa Região tem sido bem gerida. As contas públicas estão equilibradas, tendo já esse fato merecido confirmação por parte do FMI, BCE, União Europeia, Banco de Portugal, INE e Eurostat. Esta constatação por parte de todos os organismos referidos faz com que a credibilidade das políticas financeiras adotadas na Região seja fortalecida.
Somos também um exemplo na Europa na aplicação dos fundos comunitários e quem o diz é Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, e Raúl Prado, responsável da Direção Geral de Política Regional da Comissão Europeia, ambos da família política do PSD.
Mas, obviamente, nem tudo está bem e o que mais nos preocupa para o futuro é o flagelo do desemprego. O desemprego tem vindo a subir, atingindo níveis preocupantes em todo o País. A tónica do próximo Governo Regional terá de ser no crescimento económico, criando mais emprego, dando condições às empresas para se fortalecerem e criarem mais postos de trabalho.
Mas é igualmente essencial manter uma das bandeiras do atual Governo na região, de apoio aos mais necessitados, nomeadamente neste momento difícil que o País atravessa. Esse apoio é ainda possível nos Açores fruto, como já referimos, dumas contas públicas equilibradas. Infelizmente no Continente assistimos diariamente a uma destruição pura e dura do estado social.
Podemos até dizer que, mais do que nunca, é necessário minimizar nos Açores as políticas erradas contra o crescimento e o emprego, as políticas do “ir além da troika” e da austeridade custe o que custar, que nos são impostas pelo Governo da República e por todos aqueles que nos Açores apoiam e subscrevem estas políticas.
"Queremos ser nós – os açorianos – a definir e a decidir as soluções para o nosso Futuro." Vasco Cordeiro. 

Horta, 9 de julho de 2012