sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A cantiga do esvaziamento


Artigo Tribuna das Ilhas (05/10/2012)

Aproximam-se as eleições regionais. Os Açorianos são chamados mais uma vez a exercer o seu direito de voto a fim de ser eleita a nova Assembleia Legislativa. Numa altura como a que vivemos é extremamente  fácil as pessoas estarem desanimadas, o que leva a um inevitável afastamento da política e dos políticos. No entanto, apesar de podermos criticar o sistema em que vivemos, e com toda a certeza não é perfeito, o direito ao voto é a forma que os cidadãos têm de expressarem a sua opinião. Votar é um direito cívico e penso que todos o deveríamos exercer. Ficar em casa não é solução para quem pretende fazer algo que possa contribuir para melhorar a sociedade em que está integrado. Todos nós, que vivemos em sociedade, contribuímos de alguma forma para a enriquecermos. Seja pelo trabalho voluntário que desempenhamos nas nossas freguesias, nos clubes desportivos e associações a que pertencemos, seja  pela profissão que exercemos, pois qualquer uma é relevante para o bem-estar social.
A política deve incidir sobre as pessoas. Por acreditar nisso, a candidatura do PS-Faial a estas eleições legislativas, reuniu com todas as instituições da ilha, filarmónicas, clubes desportivos, associações, empresários, e está empenhada em estar junto da população faialense, tendo iniciado, há já bastante tempo, uma campanha porta-a-porta, a fim de ouvirmos as pessoas e percebermos os seus verdadeiros problemas.
No entanto, continuamos a ouvir a cantiga de que o Faial está votado ao esvaziamento. Esta cantiga toca em todo o lado, quando se ouve a oposição falar sobre a nossa ilha. Obviamente há sempre mais e melhor a fazer. E também por isso dizemos presente nesta luta, de fazermos sempre o melhor pela nossa terra. Mas não nos deixamos enganar pelo argumento do esvaziamento.
Quando dizem isso parece quererem ignorar o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos ou o Parque Natural do Faial, ambos merecedores de prémios de excelência a nível europeu. Na área do ambiente, o investimento tem sido extensíssimo, desde o Trilho dos Dez Vulcões, à expansão do Jardim Botânico, à revitalização da memória da família Dabney. A estas juntam-se agora o Aquário Virtual e o Centro de Processamento de Resíduos.
Parece que querem esquecer obras determinantes para as nossas populações, ademais com investimentos avultadíssimos, como o novo Porto da Horta ou o Bloco C do Hospital. Parece que querem afastar da ideia dos faialenses a primeira fase da variante à cidade da Horta, a asfaltagem do ramal da Fajã, que está em execução, ou ainda a Casa Manuel de Arriaga, a Biblioteca Pública e Arquivo Regional, e o apoio à reconstrução das igrejas, destruídas pelo sismo de 1998.
Parece que querem olvidar o fato do Governo Regional dos Açores ser um Governo focado nas questões sociais, tendo sido construído na nossa ilha um centro de dia e noite na freguesia dos Flamengos, um centro de dia na freguesia da Conceição e estando em fase de construção uma nova creche nos Flamengos, valências que vieram colmatar falhas que existiam anteriormente. Esquecem-se da nova escola Secundária Manuel de Arriaga, com condições de excelência para os alunos faialenses, as novas e modernas instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas e a grande ampliação que está a decorrer, da Escola Básica Integrada José Ávila.
Estes são apenas exemplos de que o Faial não sofre de nenhum tipo de esvaziamento. Dirão que muito falta fazer. Com toda a certeza, pois a nossa ambição é infinita. Mas para lutar por essas obras, para lutar por um papel cada vez mais determinante do Faial, no todo regional, esta equipa, renovada e com uma nova ambição, dá o seu melhor no terreno, todos os dias. 

Sem comentários:

Enviar um comentário